sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Relativamente perto, totalmente emocionada



Todo mundo me pergunta.
Aí vai mais ou menos a resposta.

"Relativamente perto:" é o nome do lugar
onde ficamos no show do U2. Uns cinco metros
após a tal Golden Area (shit area, pra quem
ficou fora dela!).

Nem perguntem se valeu a pena.
Valeria, sem dúvida, ainda que eu figurasse como um pontinho amarelo
na área mais vazia ao fundo!
E sim, eu vi o rosto do Bono e cia. sem o telão!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006



E hoje a Telefônica conseguiu pela
primeira vez me deixar mais feliz!

Diálogos infantis

Aqui de dentro ouço um diálogo cujo som vem lá da frente de casa:

-Henrique, é verdade que na sua escola falam em espanhol?

-Não. Responde o pequeno serzinho de cinco anos de idade enquanto eu, orgulhosa e já com um sorrisinho no rosto, penso: "Meu filho tem bom caráter. Não sái por aí mentindo ou contando vantagem, coisa pior que a mentira". Mas o diálogo não terminou.

-A gente fala inglês. Uatis ior neime? Completa minha pequena cria.

Prepotente feito a mãe, convencido a là Noel Gallagher.

And the tickets goes to...




Sim, eu ganhei dois convites pro show, na pista!!


Eeeeeeeeeeeeeeeeeehhhhhhhhhhhhhhhhhhh

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Resistência




Sempre haverá alguém interessante.
Alguém apaixonante.
Alguém com um perfume bacana ou um óculos
transado ou um gorro idiota sentado no
ônibus ou no trem.
Haverá sempre alguém mais inteligente.
Até mais bonito (ou mais feio).
Alguém que faria vc pensar: -"Eu
passaria horas conversando com essa pessoa!
(E outras tantas horas... bem, vocês sabem,...
com este ser!"

No entanto, se olharmos pro lado e voltarmos
a fita ao começo. Veremos que esse alguém
aqui do lado. Com seborréia e mau hálito matinal,
poderia muito bem sentar ao nosso lado.
De perfume bacana e óculos transado. Com
um livro que você amou (identificação é o
primeiro sinal). E fazer com que a gente
pense: -"Meu Deus, esse ser aqui do meu
lado é apaixonante".

Então o que nos resta além da realidade?
Resistir a tentação de começar sempre tudo de
novo. Trocar a descarga hormonal por uma
caixa de chocolates.
E não esquecer do princípio ainda que estejamos
no meio ou perto do fim.

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MORAL DA HISTÓRIA: VALE A PENA RECOMEÇAR SEMPRE?

Alta Fidelidade e o Brilho Eterno



Acabo de concluir a leitura das últimas páginas de Alta Fidelidade, romance do brilhante escritor inglês Nick Hornby.
O título não era inédito para mim, pois figurava na particular listinha de ‘películas’ favoritas (aliás, no melhor estilo do livro, na lista Top 5). Faltava conferir a obra impressa. Terminada, vai também pra cabeceira.
Para quem não conhece, vale a pena assistir. E, principalmente, ler.

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Queria ter escrito um texto sobre "Coisas que valeram a pena em 2005 - O ano que passei no Castelo de If", mas elas acabaram não saindo da minha cachola (em parte porque a porra do ombro voltou a doer com mais intensidade e frequência).

Na falta de um texto completo, registro apenas uma delas –o espetacular filme Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, a melhor obra do roteirista Charles Kaufman (o mesmo dos insanos e brilhantes “Quero Ser John Malkovich”, “Natureza Quase Humana” e “Adaptação”).
A exemplo de Alta Fidelidade, “Brilho Eterno” e me fez pensar sobre relacionamentos amorosos, a incapacidade (ou o medo) que temos de mantê-los e a procura sem fim do par ideal.
Assuntinho aparentemente clichê, as agruras do casal vivido majestosamente por Jim Carrey e Kate Winslet (acreditem, em suas perfomances) poderiam ser (e são, não são?) as de qualquer um.

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Não farei aqui uma crítica sobre minhas percepções sobre o filme ou o livro de Hornby. Há quem faça isso com mais propriedade que eu, certamente.

De forma diversas, "Brilho Eterno" e "Alta Fidelidade" têm um fio que os une. Ambos são sobre homens e mulheres que se amam, mas às vezes não se entendem. De gente desesperada pra esquecer e disposta a começar de novo.

Cada um a seu modo, ambos também me fizeram olhar para a maneira como eu toquei a minha vida amorosa durante minha vida –com uma dificuldade permanente de fazer as coisas durarem após a primeira discussão (ou mesmo a total ausência de brigas).

De ser incompatível com a normalidade e procurar uma eterna explosão hormonal e outros suadouros. E de como, acredito, estar aprendendo a viver sem elas. Mesmo com meus cabelos tangerina.


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E eis o próximo livro que irei comprar:

DISPAROS DO FRONT DA CULTURA POP
TONY PARSONS
Editora: BARRACUDA
Assunto: BIOGRAFIA
Idioma: PORTUGUES (BRASIL)
Formato: 14 X 21 cms
Páginas: 360
ISBN: 8598490121
Código: 793125

Disparos do Front da Cultura Pop reúne alguns dos melhores textos do jornalista e escritor inglês Tony Parsons publicados originalmente entre 1976 e 1994 em veículos como New Musical Express, Arena, Elle, Daily Telegraph, The Guardian e Literary Review.

Os 55 textos nele contidos dividem-se em cinco seções: Música, Amor e Sexo, Polêmica, Viagens e Cultura, sempre tratando de temas igualmente importantes, polêmicos e caros à cultura pop ocidental. Parsons, que começou no jornalismo escrevendo sobre o punk nos anos 70, acompanhou bem de perto o surgimento de bandas como Sex Pistols e The Clash e toda a corrida do ouro do movimento punk; foi testemunha ocular da genialidade de Bruce Springsteen, David Bowie, Frank Sinatra e Johnny Cash no palco; obteve entrevistas francas e reveladoras de Morrissey, George Michael e Brett Anderson; não poupou críticas a Kylie Minogue, Billy Idol e Brian Eno; percorreu cada detalhe de lugares como o Japão, Chicago, Gana e Milão; mergulhou na literatura de Ewan McEwan, Martin Amis e Jung Chang; analisou o comportamento sexual da sua geração e narrou com uma franqueza surpreendente as lutas de classe de seu país. Tudo isso, devidamente munido do estilo único e da originalidade que fizeram dele o comentarista mais polêmico e influente do Reino Unido. E o resultado é um painel variado e instigante da cultura pop ocidental entre as décadas de 1970 e 1990, em todas as suas peculiaridades e contradições. Disparos do Front da Cultura Pop é um registro em livro de seus primeiros dezoito anos de carreira. E uma amostra de tudo que o jornalismo pode ser. “O fim dos anos 70 era a época ideal para se trabalhar num semanário de música. [...] Era um lugar excelente para um jovem jornalista aprender a profissão porque parecia que todos os jovens do país que conseguiam ler sem mover os lábios compravam o jornal. Fiquei três anos no NME e todos os dias eu entrava na redação com um arrepio de excitação, imaginando o que ia acontecer. [...] Comecei na música e para alguém da minha geração sortuda – bebê quando Elvis vestia 38, criança durante a Beatlemania, adolescente quando Bowie começou a fazer sucesso, jovem durante o movimento punk – a música sempre vai ser importante. Nasci na época certa.” [Tony Parsons]

terça-feira, fevereiro 07, 2006

U2 e um final quase feliz



Domingo, 5 de fevereiro de 2006
Começou com a eterna amiga Lucienerè queimando no sol
de São Paulo e amargurando 12 horas de fila sem sucesso.

Daí à ânsiedade pelo anúncio sobre a venda de ingressos.
O dia 27 parecia nunca chegar. E o dia 5 de fevereiro
parecia não passar enquanto ouvíamos aquele 'tum-tum-tum'
desde às 16h (eu, no caso, desde às 16h03).

Às 22h40, quase sem esperanças, atendo o celular enquanto
meus dedos da mão esquerda exprimiam o já decorado e não-linear
movimento dos números (11) 3131-0101.

Do outro lado a voz. - Stela, estou no telefone. Consegui.
Só tem arquibancada. É pegar ou largar.
Ainda entorpecida pelo momento, respondo. - Manda a ver.

Virtualmente, temos os convites. Falta uma nova fase da maratona.
E os R$ 460, em espécie. Sobra uma neura nonsense.

foto: Bono e Lou Reed, no Fashion Week de New York, nessa semana.
Ao lado dois ídolos. Bono, descoberto por mim aos 14, há exatos
14 anos. E Lou Reed, que todos descobriram nos anos 70. E eu
me apaixonei em 2004, aos 28.