Passados quase cinco meses em casa, sinto que esse tempo já foi suficiente para me fazer olhar para dentro.
E o que encontrei? Páginas em branco e outras tão amareladas que se desfizeram com o tempo. O problema hoje já não é o passado ou o futuro. É estar sem nenhum presente...
O fato é que não consigo permanecer nesta total ausência de trabalho (em função do problema no braço). Isso me deixa angustiada. Como quase todas as minhas paixões são efêmeras, a dedicação à vida doméstica já não me completa... E o SBP para plantas já foi esquecido no armário.
Em meio a essa apatia, desenvolvo meu universo paralelo. Nele, o calor do sol que esquenta meus pés transforma meu colchão em areia fina, o barulho do chuveiro em sinfonias marítimas e o vapor da panela na neblina que recai sob a alvorada nos dias tão frios como esse nas montanhas...
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