domingo, maio 27, 2007

Bono Vox e a muiezinha de Cique e Taís

O Cique, batizado Márcio Henrique, é um desses caras que gostamos de ter por perto: é dono de um senso de humor apuradíssimo, faz e ri das piadas mais bobas. Ele foi um achado quando eu tinha 15 anos e surgiu como um oásis numa noite friozinha lá pelos idos dos anos 90. Eu saía pela primeira vez em um bar juntamente com minha irmã Deborah cuja idade, à época, ultrapassava um pouco os 20 anos. Conversa de gente velha, eu pensava enquanto bebericava uma caipirinha de morango pela primeira vez. Bebericava porque logo após o segundo gole voltei pra velha e boa coca-cola.

Estávamos com os amigos da minha irmã --nenhum deles com menos de 20-- e o Cique apareceu no bar porque é primo de um deles, o Gilberto, amigo próximo da minha irmã. E aquela noite mudou a minha vida.

Não se trata de um relato de uma noite romântica como vocês poderiam pressupor até aqui. Naquela noite eu conheci algo muito, muito bacana além de um amigo querido. Naquela noite eu ouvi, pela primeira vez (com atenção, pelo menos) a guitarra de The Edge e os vocais de Bono Vox, além do resto do pacote, Larry e Adam. Naquela noite, eu conheci e sua turma.


Cique me mostrou uns alguns vinis que nem dele eram (estávamos na casa de um outro amigo da Deborah, Ricardo). No meio deles tirou dois e catalogou: "isso você deve ouvir com atenção". Era Rattle and Run e The Joshua Tree (coisas que, provavelmente, ele nem ouve mais).

Sacou um dos discos de vinil e deixou a capa na minha mão. Depois falou algo sobre 'The boy and the torn in his side' e contou ter uma coleção de Pink Floyd que ia muito além de 'Wish you were here'. Falou coisas sobre Led Zeppelin entre outros. E eu fiquei muito abalada pelo rock dos anos 80. Era como se eu tivesse perdido a virgindade musical (atesto para os devidos fins que a outra ficou preservada por alguns anos à frente).

A minha amizade com o Cique não mantém uma linearidade temporal ou um contato permanente. Depois daquela noite em 93 ficamos muito, muito tempo sem nos falarmos. Eu sempre levei, no entanto, um pedacinho desse bom amigo guardada aqui dentro.
A internet permitiu um reencontro feliz. E descobri no Cique um leitor assíduo deste blog. Ele virou arquiteto, mas não trabalha em projetos de obras, teve uma banda independente e é fã do Autoramas. Montou um bar (viva o 'Funil'!) e é primo de um outro cara, que não o Gilberto, o Ricardo (que me deixou com duas costelas quebradas após uma batida de carro em 99, mas eu o perdôo por isso!). E o Cique tem a Taís, a namorada mais simpática de todos os amigos que tenho.

Juntos, Cique e Taís terão uma menina. E este certamente é o 'projeto' mais legal deste amigo, dono de um gosto refinado para muitas coisas (exceto para times de futebol) e, que sem querer, definiu há muito o gosto musical de uma adolescente até então meio sem assunto há 14 anos.

Que o mundo receba bem essa pequena 'muiezinha' (termo usado pelo pai para me contar o sexo do bebê!) que vem ao mundo bem provida de pai e mãe!

As I promisse!

3 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre vc com seu bom gosto e sua criatividade.

Anônimo disse...

Obrigado, Stela, por sua "visita" em minha vida!
Sua amizade é um dos meus poucos bens preciosos!
Apenas discordo com relação ao meu gosto para time de futebol...
Bjo
Marcio Cique
(tenho uns sons doidos prá te apresentar! rs..)

Stela disse...

Não sendo Autoramas!!!!
hehehehe