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Tem gente que me acha estranha. Porque gosto de coisas que nem todo mundo gosta.
Porém, graças à internet, achei outros excluídos. Pessoas com gosto semelhante e, que mesmo sem saber, fizeram com que me sentisse 'incluída' novamente. Gente que gosta de gente. Entende da mesma maneira que eu certas letras de músicas --sejam elas complexas ou simples, como a ato de pintar as unhas. Vibram com melodias aparentemente desconexas e ao mesmo tempo sublimes. Sou novamente parte de alguma coisa. Estranhos de todo o mundo, uni-vos!!
Há alguns meses, deixei três pessoas com olhar arregalado ao dizer que não gosto de Legião Urbana. Quase apanhei. Talvez não tenha me explicado bem. Há alguns anos achava as letras fabulosas, a melodia bacana. Renato Russo tem milhares de méritos. Mas certas músicas da Legião tocaram e tocam tanto que parecem piada ouvida milhares de vezes. Mesmo boa, depois de um tempo quando você ouve e logo pensa: 'lá vem aquela piada de novo'?
Ainda durante a conversa, tratei de falar mal das bandas travestidas de Legião e vocais espelhados em Renato Russo. Não dá pra gostar de Catedral, sinto muito. Quase fui espancada, mas me mantive firme, forte e operante em minha posição (e olha que sou flexível!). E novamente, sou excluída de uma coisa.
Tudo bem. "Aceito a condição", parafraseando Rodrigo Amarante. Aliás, essa minha fase de ouvir os mesmos CDs não passa já há pelo menos seis meses. ;-)