sábado, março 04, 2006

A Hard Day



O dia começou meio sem anúncio. A real hard day.
Não há ponto final ou começo quando não se dorme.
De repente eu estava de volta à realidade.
As perguntas não paravam de surgir, em uma espécie
de auto-formulação.
Não há nenhum lirismo nelas. Nenhum resquício metafísico.
Tratam-se de preocupações concretas.
"Quando vou melhorar? Quando e será que liberarão meu pagamento? O que devo fazer? Como vou pagar? Quem o buscará na escola? Dará tempo de ir ao banco? Tirei todas as cópias? Devo seguir meu instinto ou confio naquela que possui a OAB? O que o Paulinho fez para ser acusado? Qual o número do maldito telefone? Tenho dinheiro para um lanche? O que faço no almoço? Compro ou não o peixe? Vale a pena pedir isso à Justiça? (seguidas por um etc ad eternum)"
Estou cansada disso. Da necessidade da prova constante.
Queria dormir e sonhar como um Dostoievski ou um Kundera.
E acordar com os braços de Hércules.

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A Better Day
Contrariando os maus momentos do dia 3 de março, a imagem é do belo A Hard Day´s Nigth, estrelado pelos "quatro garotos de Liverpool" (para não perder a chance de mais um clichê neste blog).
Vale a pena conferir as imagens do filme rodado na década de 60, responsável pela inspiração do título deste 'post'.

So, so sorry
E a correria fez com que me esqueçesse pela primeria vez de assoprar velinhas junto dos queridos tio Waldir e do amado amigo Leandro, nascidos ambos (com um lapso temporal de pelo menos 25 anos), ao dia 2 de março sob a insígnia de Peixes.

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