sábado, março 04, 2006

Por onde eu saio?



No Ano do Cão, minha semana fez juz ao calendário chinês.

Sobre minha cabeça paira a sensação de total incerteza.

Depois do susto de descobrir a suspensão definitiva do meu "benefício" do INSS (aliada à notícia sobre uma bursite filha-da-puta que se instalou aqui no meu ombro depois da cirurgia) acabei-me num corre-corre pra descolar uns documentos capazes de comprovar a natureza da minha "incapacidade laborativa" na Justiça.

Em seguida, o susto dos honorários advocatícios capaz de provocar "the 'timing point'" (algo como o ponto de transbordo do catchup). Susto este tão grande que me fez despencar em prantos como criança contrariada (e nem de óculos escuros eu estava, confirmando a Lei de Murphy).

Até acusada injustamente de maledicência virtual fui. Eu já estou cansada de provar tudo. Que estou doente, embora não quisesse. Que não sou mau educada, embora às vezes devesse ser. Que não choro pra causar comoção mas porque sou de uma natureza extremamente sensível.

Cansada da falta de inspiração para escrever um texto decente e merecedor de leitores.

Durante um acesso de sei-lá-o-quê, quase deletei meu blog e comprei um diário de verdade, daqueles como os da época do colégio. Ainda penso nessa possibilidade. Nesse meio de incerteza nem sei se quero manter esse blog e continuar digitando com uma mão apenas, expondo malezas da minha alminha que não interessam à ninguém.

Passado o Carnaval entrei nas cinzas e nem renasci ainda.

E vocês?

PS.: Se alguém souber onde é a saída, por favor, avisem-me.

Um comentário:

Cristine Fickelscherer de Mattos disse...

Oi Stella!
Poxa, de vez em quando, a vida é para ser sobrevivida, né?
Mas o tempo passa e a gente nem precisa sair não. Ele leva tudo embora e, mesmo ficando no mesmísimo lugar, de repente nos vemos rodeados por um novo cenário, trazido também pelo tempo, como numa viagem de trem!!
Que logo logo tudo fique colorido (naturalmente colorido)!!
Beijos